Dois policiais militares de Santa Catarina foram presos após tentarem prevaricar a prisão de José Oswaldo Dell Agnolo, dono do escritório de investimentos The Boss, empresa investigada por golpes financeiros que teriam provocado um prejuízo de quase R$ 1 bilhão a investidores. Os agentes Bruno Sevonca e Milton dos Santos Júnior teriam solicitado R$ 500 mil ao empresário para não cumprir o mandado de prisão.
De acordo com relato prestado por José Oswaldo à Corregedoria da Polícia Militar, a dupla chegou ao hotel onde ele estava hospedado às 9h da manhã de 6 de dezembro. Segundo o empresário, um dos policiais perguntou “quanto vale a sua liberdade?”, ao que ele respondeu “500 mil reais”. O policial teria concordado com o valor.
O cabo Bruno Sevonca está há oito anos na Polícia Militar, enquanto o cabo Milton dos Santos Júnior atua há doze anos. Ambos já foram homenageados na Câmara de Vereadores de Itapema por serviços prestados à comunidade. Agora, os dois são investigados por prevaricação e concussão. O valor alegado de R$ 500 mil ainda não foi localizado.
Mais tarde, por volta das 17h do mesmo dia, outros policiais chegaram ao local e efetuaram a prisão sem qualquer tipo de negociação. José Oswaldo foi detido em um hotel de luxo no litoral catarinense, usando o nome falso de Marcos Silva. Ele era considerado procurado pela Justiça e havia suspeitas de que teria deixado o Brasil.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, o empresário, apontado como administrador do falso banco digital The Boss, estava com R$ 5 milhões em espécie no quarto do hotel. Também foram encontrados 10 celulares, chaves de veículos, relógios de luxo e um MacBook. Outras empresas estão sendo investigadas por envolvimento com o esquema.
Fonte: CGN
Karoline
(Foto: Reprodução/Grupo Ric)

0 Comentários