Homem acusado de matar esposa grávida e sogros vai a julgamento

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O julgamento de Ricardo Pinheiro Jucá Vasconcelos (foto em destaque), o tabelião preso em agosto de 2021 por matar a esposa e os sogros a tiros, teve o julgamento do triplo homicídio marcado.

A 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo, município do Rio de Janeiro (RJ), marcou o júri popular para 9 e 10 de dezembro de 2025, no Fórum da cidade. Ricardo é acusado de assassinar a esposa grávida de seis meses, Nahaty Gomes Mello, de 33 anos, além dos sogros, Wellington Gomes Mello, de 75, e Rosemary Gomes da Cunha, de 67, em 13 de agosto de 2021, no bairro Cônego.

Titular da vara, a juíza Simone Dalila Nacif Lopes, determinou que os jurados fiquem hospedados em hotel durante o julgamento, acompanhados pela Justiça e pela Polícia Militar do RJ (PMRJ).

A medida tem como base o objetivo de evitar contatos externos e garantir imparcialidade no julgamento.

Era noite de 13 de agosto de 2021 quando a Polícia Civil do RJ (PCRJ) foi acionada para o endereço da família. No local, antes mesmo de entrar no edifício, os investigadores foram abordados por Wellington Braga, 75 anos, o sogro do suspeito. Ele estava ferido e declarou que havia sido baleado pelo genro.

À época, Ricardo Vasconcellos foi preso em flagrante pelos policiais. O corpo de Rosemary Gomes, 67 anos, sogra de Ricardo, foi encontrado no primeiro andar, enquanto Nahaty Gomes, foi achada no andar superior. Ao lado, na cama, estava a arma do crime, uma pistola Glock 9mm.

Durante o trajeto até a delegacia, Ricardo confessou o crime aos policiais, mas alegou que sofria de transtorno psíquico. Com base na informação, ele foi submetido a exames. Entretanto, a perícia não constatou transtornos, além de indícios de ansiedade, e derrubou sua versão.

O sogro foi levado para o hospital, onde ficou internado em estado grave por alguns dias, mas não resistiu e também morreu.

Ricardo foi autuado por triplo homicídio e pode ser condenado por aborto e duplo feminicídio. Se condenado por todos os crimes, as penas podem chegar a mais de 80 anos de prisão.

 Fonte: Metropoles